domingo, 17 de outubro de 2010

A misericórdia e o Juízo, dois fundamentos de fé?

A misericórdia e o Juízo, dois fundamentos de fé?

Conheço alguém que saiu de uma igreja que foi considerada uma seita. Esta pessoa ficou tão confusa que quase perdeu a misericórdia. Mas como a misericórdia triunfa, ela buscou misericórdia para ela, e agora busca para eles. Muito bom é ver a miséria do nosso coração, pois ajuda-nos a ver que somente os “pobres de espírito” herdarão os céus. Muitas perguntas esta pessoa fez, e ainda não tenho as respostas. Especialmente porque aqueles que ficaram consideram-se a igreja. Os grandes dizem sim, e os pequenos não, o pastorado discute e o rebanho fica esperando a resposta, pois de acordo com a resposta, o rebanho comerá junto, mas se a resposta for negativa, comerá em pastos separados, olhando de lado, até que alguém diga que “tudo bem podem comer de novo juntos”. Será que este dia é as bodas do próprio Cordeiro? Quem sabe alguém tenha respostas?
Será que são seitas ou heresias os protestantes, os evangélicos, os tradicionais, os pentecostais, os neo-pentecostais, os cristãos de alguma área no mundo ou de alguma época, ou ainda os católicos? Quem terá o poder de determinar o que é uma seita ou não? Historicamente foi fundamental que a igreja tomasse cuidado com as heresias e as chamadas seitas. O cuidado protegeu muitas pessoas do erro, e talvez até de não entrar no céu. A apologia ajudou muito no impedimento que as mentiras destruíssem a genuína fé cristã. Entretanto quais são os fundamentos que devem ser preservados? Qual é a genuína fé cristã, a sã doutrina como diz as Escrituras Sagradas? Quais os que não têm valor, ou o seu valor não determina a destruição da fé salvadora?
Mas quem será seita ou heresia? Será que o patriarcado de René Terra Nova, o judaísmo de Valnice Milhomens, os pastores do M12, os pastores contra o M12, o evangelho da prosperidade de Kenneth Haggin, a unção de Benny Him, o tradicionalismo dos protestantes históricos, o misticismo nos pentecostais, o liberalismo de Caio Fábio, a avareza do neo pentecostais, o proselitismo evangélico, o sabatismo, o movimento do aeroporto no Canadá, o movimento do riso, as curas espetaculares no mundo evangélico, o anti-semitismo no cristianismo, a doutrina dos batismos, a igreja pós-moderna, a igreja com propósitos, as mega-igrejas, a igreja shopping Center, a teologia liberal, a teologia reformada, o dogma da certeza da salvação, as opiniões escatológicas, a marcação do dia da volta do Senhor, a liturgia, o denominacionalismo, as traduções críticas da Bíblia, a NVI, os usos e costumes, a internet e antes a TV, a doutrina do “não toqueis no ungido do Senhor”, a igreja sem nome, as visões e profecias atuais, o mundo gospel, a insistência dos carismáticos em continuar no catolicismo, a inquisição, as cruzadas, a perseguição dos anabatistas pelos reformados? Será que me esqueci de algo? Com certeza esqueci, e são muitos “algos”. Há uma infinidade de ‘algos’ que seriam chamados pelo sábio eclesiástico: vaidade, canseira e enfado. Com certeza se eu conseguisse relacionar tudo alguém inventaria mais um tópico de discussão e de determinação da proeminência sobre o outro. São tantos julgamentos, e quem será que haverá entre os nós, igreja do Senhor, alguém que tenha o poder de escrever ou desmanchar o nome na “pedra branca”? Não seria também minhas perguntas um julgamento? Que Deus me perdoe se for. Se há alguém na terra, considerando também a igreja como alguém, não sei, deixo para os mistérios de Deus, mas sei que tem uma pessoa com este poder, e é n’Ele, o justo e misericordioso Juiz do Amor, que coloco minha fé e esperança, pois a misericórdia triunfa sobre o juízo. E ai de nós, igreja, “porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”.
Perguntas e mais perguntas, ou será que as respostas estão nas perguntas? Ou ainda que não haja respostas até o dia do Senhor, pois Ele pode estar escondendo nas perguntas as respostas. Lembro-me então para terminar das palavras eternas de meu Pai, pois suas palavras são verdadeiras e inquestionáveis: (Deuteronômio 29:29) - “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”.

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