sexta-feira, 6 de julho de 2012

Em Quem Acreditar?



Pergunta muito boa de fazer. Mas mesmo quem pergunta já pode estabelecer os “quens” que considera dignos de acreditar. Quem é digno de se acreditar?
Na cosmovisão moderna que fui criado, das décadas de 60, 70 e 80, pensávamos que a ciência era digna de se acreditar. Mas a ciência é digna se acreditar? Não é a ciência feita por cientistas? Não são os cientistas homens movidos por crenças, por filosofias, por interesses sociais, políticos ou religiosos? Não existem provas cientificas forjadas? Quem pode afirmar que o homem foi à lua? Pode ter ido, mas não pode as imagens da TV serem forjadas, manipuladas, criadas, e inventadas? Nos dias atuais, com a nova cosmovisão pós moderna que está sendo forjada pelo globalismo, a ciência já não é tão digna de confiança. A fé começa a restaurar sua confiança, mas não a fé em Deus, e sim a fé no homem. O humanismo que foi tão fortalecido no período moderno, está sendo agora fortalecido pela fé humanista, e não pela lógica humanista. Um pouco de neo pensamento grego clássico com a tecnologia futurista. Quero dizer a lógica cientifica misturada com a fé humanista. Talvez o homem esteja chegando ao mesmo período clássico que poderia ser até o ápice do pensamento humano, o período grego romano, período inclusive escolhido para a vinda do maior ser humano que passou na terra, Jesus Cristo. O homem estava pronto para perguntar, e isto era importante para Deus poder falar, pois Deus é inteligente, e quer pessoas inteligentes pensando no que Ele diz.
Agora eu falei de Deus, e isto pode fazer surgir ao leitor a questão da certeza da existência de Deus. Primeiro quero dizer que não tenho nenhuma duvida da existência de Deus, e de sua total dignidade. Mas muitos questionam sua existência e sua dignidade. Alguns poderiam dizer: Mas Deus existe? Ou ainda mesmo Deus existindo Ele é digno de confiança? Ou ainda Deus quer nos mostrar a verdade? A primeira pergunta sobre a existência de Deus é refutada pela Bíblia como uma pergunta de um “tolo” ou um “néscio”, que é “sem entendimento” ou popularmente dizendo “um burro”. Desculpe a forma de expressar, mas esta é a forma que a Bíblia trata o ateísmo, como insanidade, soberba e ignorância. Que Deus existe é provado pela própria existência do Homem, pois não há homem que viveu em qualquer cultura ou qualquer tempo que não fale d’Ele. A própria Ciência da Religião não consegue inventar uma tese de não existência de Deus, apesar que alguns querem inventar a teologia da morte de Deus, que coisa ilógica, até para os que vivem da lógica. Eu vivo da fé, e minha lógica é subordinada a fé, o que para muitos é errado, mas quem disse que é errado? Por ser tão ridícula e ilógica esta pergunta e não quero considerá-la, apesar de saber como considera-la para atestar a existência de Deus, para aqueles que realmente querem descobrir a verdade.Como a maioria é apenas pessoas que seguem a onda dos que querem apenas ter alguma coisa para "ir contra", num sentimento de eterna rebeldia, sem maturidade e fidelidade com a verdade, abordo o tema para quem quer de coração aberto. Mas as outras duas são boas perguntas, não porque as acho com fundamento, mas porque são ótimos pensamentos para dar oportunidade de buscar a verdade sobre em “quem acreditar?”.
No mundo antigo, e no mundo medieval, o homem nunca descartou Deus, somente com o período moderno e a exaltação da ciência, que Deus começou a ser descartado. Nem os filósofos gregos foram tão tolos em descartar Deus. A existência de Deus é tão lógica, como óbvia. Mas quem é este Deus? Ele é digno de confiança, e Ele se importa conosco a ponto de nos mostrar ou revelar a verdade? Tudo que eu disser será apenas lógica e pensamento humano, se não me basear no livro que se intitula a “Palavra de Deus”. Este livro é a Bíblia. A própria criação é menor para revelar Deus, revela a glória de Deus, como diz a Bíblia, mas não Deus em sua totalidade. Calvino um grande pensador, disse que “Por isso, onde o mesmo profeta afirma que os céus proclamam a glória de Deus, que o firmamento anuncia as obras das Suas mãos e que a regular seqüência dos dias e das noites apregoa a Sua majestade (Sl19:1-2), em seguida faz menção de Sua Palavra: "A Lei do Senhor" diz ele, "é perfeita e restaura as almas; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples; os mandamentos do Senhor são retos e alegram o coração; o preceito do Senhor é puro e ilumina os olhos" (Sl19:7-8). Ora, ainda que faça referência a outros usos da Lei, assinala ele, contudo, de modo geral, que Deus ainda que em vão convide a Si todos os povos, pela contemplação de Suas obras, oferece a Escritura como a única escola de Seus filhos”. Aqui Calvino nos traz uma afirmação forte sobre Deus: “o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples”. Podemos com esta pequena frase saber que Deus é digno ou fiel e que Ele dá testemunho de si mesmo e dá sabedoria aqueles que reconhecem sua simplicidade diante da oniciencia de Deus.  Deus é digno e quer nos falar a verdade. Conforme a Bíblia sua maior revelação é em forma humana, Deus se revelou ao homem, como um homem. Jesus é a revelação de Deus, é a Palavra, ou como diz no grego, é o “logos”que se fez carne. Jesus é a prova que Deus queria dizer a verdade para o homem. Se não acreditar em Jesus, então o considere um louco, pois ou Ele é Deus, ou é um mentiroso, e o maior que passou na terra. Como sei que Ele é o Deus encarnado, reafirmo que Ele é digno de confiança. Mas faço isto, porque a Bíblia o diz. Se a Bíblia não fosse a Palavra de Deus, então Jesus seria também mentiroso, pois Ele e seus apóstolos afirmaram que a Bíblia é a Palavra de Deus.
Então chegamos a resposta da Pergunta: Em quem acreditar? Na Bíblia. Ela é a revelação de Deus. O que qualquer homem falar, mesmo que tenha dito ter ouvido direto de Deus, seja em sonho, visão, pessoalmente, por audição, de qualquer forma, e o que ele diz não for conforme a revelação da Bíblia, este homem não é digno de confiança. A Bíblia é a única regra de fé, ou a única em quem devemos confiar.
Talvez por ser a Bíblia a digna de confiança, pois é aquela que Deus disse ser nosso manual de vida e revelação, a modificação da Bíblia, é o maior perigo que o mundo pode ter. Pois sem o “manual”, seriamos vítimas de oportunistas ou de malignos homens. Critiquemos então a “critica textual” e não vamos esquecer dos textos retirados, por que alguns ditos cientistas encontraram textos nas escavações. Não são os pais da Igreja mais dignos de confiança que homens que vivem quase dois mil anos depois da escrita original da Bíblia? Não é a igreja que manteve o texto “receptos” como texto original, uma testemunha digna de confiança? Não seria Deus fiel a sua palavra para manter durante os dois mil anos os textos bíblicos?
No final de tudo pergunto: Em quem acreditar? Me desculpe a redundancia, mas afirmo de novo: “Em Deus que escreveu ou revelou a Bíblia, que se revela através dela e nela.”