Gostaria de contribuir
para um estudo sócio político do tempo em que Israel foi politicamente
organizada da forma diferente de todos os povos de sua época. Eles não eram uma
monarquia absolutista como quase todos os povos da época. Eles proporcionaram
para o mundo uma nova visão de governo. Um governo Teocrático que tinha uma
organização muito diferente. Este governo começou com Moisés e terminou com
Samuel, o profeta e juiz.
O sistema político em
Israel antes da Monarquia Absolutista que Saul introduziu a pedido do povo de
Israel, era um sistema totalmente inovador para todos os povos dos tempos de
Moisés até Samuel. Nunca havia tido um povo que tivesse um sistema político tão
inovador e diferente. Todos apenas conheciam as monarquias absolutistas, com
reis que eram déspotas ou tiranos, apesar de alguns terem sido reis bons para
seu povo. Contudo o próprio Deus avisou aos israelitas que a monarquia que eles
pediam traria a autoridade absolutista para o rei de Israel, que poderia ter
direito sobre os filhos e os bens das famílias. Deus avisou que o rei
absolutista iria impor impostos para sustentar sua nova estrutura política, que
envolveria um exercito formal e uma família real. Neste caso a família e nova
estrutura política precisaria de um local para a sede administrativa, que seria
um palácio e outros locais de governo. Deus tinha oferecido um sistema político
diferente, que em o monarca ou rei era Ele mesmo, por isto podemos chamar a
monarquia inicial de Israel de Teocrática. Ele era o representante do Poder
Estatal, e tinha um poder de representar o povo, e representar o estado de
Israel. Sua monarquia também tinha hereditariedade, como as monarquias
parlamentaristas que muitos séculos depois foram implantadas na Europa. Jesus
representaria sua hereditariedade, e Ele mesmo Jesus retomou o trono de Israel,
por direito de herança tanto humana, sendo da família do rei Davi, como por
direito inicial sendo Deus o primeiro Rei de Israel. Ele, Jesus, se casando com
a Igreja, dá o direito a Igreja de ser parte da família real de Israel. Um
Israel que retornará ao seu primeiro estado de Israel, com Deus como seu Rei,
mas agora com Jesus como um Rei que tem Corpo Humano, mas um corpo glorificado.
Um Rei que é Deus e Homem, descendente de Davi, e filho do Deus Altíssimo.
O sistema político de
Israel em seu primeiro estado, com a chegada do legislador Moisés, foi
inovador, pois o estado de Israel que foi idealizado e modelado por Moisés e
foi implantado por Josué. Criou um Conselho Supremo com os Príncipes das doze
tribos. O Conselho Supremo era liderado por um Juiz, que na verdade era um tipo
de Primeiro Ministro. O sistema era de fato parlamentarista, mas, além disto,
tinha já o principio da democracia, pois os lideres que participavam deste
Conselho, ou Parlamento eram indicados em cada tribo por seu povo. Um tipo de
democracia havia já em Israel, pois o Conselho decidia seguindo a Lei de Moisés
que era dividida em duas partes. A Lei de Moisés também era um grande avanço,
não conhecido nos povos, pois a Lei tinha sua Constituição no Decálogo, os dez mandamentos,
e tinha as leis provenientes do decálogo, que era os cinco livros de Moisés,
chamado de Lei ou em Hebraico: “Torá”; que nós chamamos de Pentateuco. Os
juízes eram escolhidos pelo Rei de Israel, que era Deus, e eles tinha poder de
liderança sobre o exercito, que não era mobilizado, mas poderia ser convocado
quando o juiz e o Conselho considerassem necessários. Os membros do Conselho
eram os governadores de suas tribos, que tinham regiões demarcadas no país de
Israel. Estes membros que eram os Conselheiros, ou Ministros, eram os príncipes
de Israel. Além do sistema monárquico parlamentarista, pois Deus concebia aos
seus ministros o Conselho de Israel, a condição de governar a parte executiva e
judicial do reino, e isto de forma democrática, os “estados” ou províncias de
Israel tinham um sistema federativo, que dava a cada tribo ou estado o direito
de decidir de forma independente sobre os problemas de sua própria província. O
sistema federativo já era uma realidade neste estado de Israel. Contudo todos
eram submetidos a lei, até mesmo o grande Rei Eterno, Deus, tinha se submetido
a sua própria lei, que era o seu próprio modo de pensar e agir. Deus é
submetido a si mesmo, mas é soberano. Deus se governa, e é governado por si
mesmo. Portanto é soberano, mas não muda.
Para os teólogos colocamos
esta sugestão de visão sócio política bíblica.
Seria realmente, esse sistema, o mais perfeito se não fosse formalmente inexeqüível nos dias de hoje, infelizmente. A maldade humana jamais o permitiria. Num futuro distante talves as coisas possam ser diferentes.
ResponderExcluirGigio, é triste ver que Israel naquela época, quis ser como os outros povos, pois não queria ser diferente dos outros povos. Talvez este seja o maior problema, o medo de mudar, ou o medo de tentar, ou ainda o medo de ser diferente. Creio que um dia este dia chegará.
ResponderExcluirÓtimo texto... parabéns!
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