segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Monarquia Parlamentaria de Israel


Gostaria de contribuir para um estudo sócio político do tempo em que Israel foi politicamente organizada da forma diferente de todos os povos de sua época. Eles não eram uma monarquia absolutista como quase todos os povos da época. Eles proporcionaram para o mundo uma nova visão de governo. Um governo Teocrático que tinha uma organização muito diferente. Este governo começou com Moisés e terminou com Samuel, o profeta e juiz.

O sistema político em Israel antes da Monarquia Absolutista que Saul introduziu a pedido do povo de Israel, era um sistema totalmente inovador para todos os povos dos tempos de Moisés até Samuel. Nunca havia tido um povo que tivesse um sistema político tão inovador e diferente. Todos apenas conheciam as monarquias absolutistas, com reis que eram déspotas ou tiranos, apesar de alguns terem sido reis bons para seu povo. Contudo o próprio Deus avisou aos israelitas que a monarquia que eles pediam traria a autoridade absolutista para o rei de Israel, que poderia ter direito sobre os filhos e os bens das famílias. Deus avisou que o rei absolutista iria impor impostos para sustentar sua nova estrutura política, que envolveria um exercito formal e uma família real. Neste caso a família e nova estrutura política precisaria de um local para a sede administrativa, que seria um palácio e outros locais de governo. Deus tinha oferecido um sistema político diferente, que em o monarca ou rei era Ele mesmo, por isto podemos chamar a monarquia inicial de Israel de Teocrática. Ele era o representante do Poder Estatal, e tinha um poder de representar o povo, e representar o estado de Israel. Sua monarquia também tinha hereditariedade, como as monarquias parlamentaristas que muitos séculos depois foram implantadas na Europa. Jesus representaria sua hereditariedade, e Ele mesmo Jesus retomou o trono de Israel, por direito de herança tanto humana, sendo da família do rei Davi, como por direito inicial sendo Deus o primeiro Rei de Israel. Ele, Jesus, se casando com a Igreja, dá o direito a Igreja de ser parte da família real de Israel. Um Israel que retornará ao seu primeiro estado de Israel, com Deus como seu Rei, mas agora com Jesus como um Rei que tem Corpo Humano, mas um corpo glorificado. Um Rei que é Deus e Homem, descendente de Davi, e filho do Deus Altíssimo.

O sistema político de Israel em seu primeiro estado, com a chegada do legislador Moisés, foi inovador, pois o estado de Israel que foi idealizado e modelado por Moisés e foi implantado por Josué. Criou um Conselho Supremo com os Príncipes das doze tribos. O Conselho Supremo era liderado por um Juiz, que na verdade era um tipo de Primeiro Ministro. O sistema era de fato parlamentarista, mas, além disto, tinha já o principio da democracia, pois os lideres que participavam deste Conselho, ou Parlamento eram indicados em cada tribo por seu povo. Um tipo de democracia havia já em Israel, pois o Conselho decidia seguindo a Lei de Moisés que era dividida em duas partes. A Lei de Moisés também era um grande avanço, não conhecido nos povos, pois a Lei tinha sua Constituição no Decálogo, os dez mandamentos, e tinha as leis provenientes do decálogo, que era os cinco livros de Moisés, chamado de Lei ou em Hebraico: “Torá”; que nós chamamos de Pentateuco. Os juízes eram escolhidos pelo Rei de Israel, que era Deus, e eles tinha poder de liderança sobre o exercito, que não era mobilizado, mas poderia ser convocado quando o juiz e o Conselho considerassem necessários. Os membros do Conselho eram os governadores de suas tribos, que tinham regiões demarcadas no país de Israel. Estes membros que eram os Conselheiros, ou Ministros, eram os príncipes de Israel. Além do sistema monárquico parlamentarista, pois Deus concebia aos seus ministros o Conselho de Israel, a condição de governar a parte executiva e judicial do reino, e isto de forma democrática, os “estados” ou províncias de Israel tinham um sistema federativo, que dava a cada tribo ou estado o direito de decidir de forma independente sobre os problemas de sua própria província. O sistema federativo já era uma realidade neste estado de Israel. Contudo todos eram submetidos a lei, até mesmo o grande Rei Eterno, Deus, tinha se submetido a sua própria lei, que era o seu próprio modo de pensar e agir. Deus é submetido a si mesmo, mas é soberano. Deus se governa, e é governado por si mesmo. Portanto é soberano, mas não muda.

Para os teólogos colocamos esta sugestão de visão sócio política bíblica.

3 comentários:

  1. Seria realmente, esse sistema, o mais perfeito se não fosse formalmente inexeqüível nos dias de hoje, infelizmente. A maldade humana jamais o permitiria. Num futuro distante talves as coisas possam ser diferentes.

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  2. Gigio, é triste ver que Israel naquela época, quis ser como os outros povos, pois não queria ser diferente dos outros povos. Talvez este seja o maior problema, o medo de mudar, ou o medo de tentar, ou ainda o medo de ser diferente. Creio que um dia este dia chegará.

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