Terminando esta série de
reflexões sobre condicionamento psicológico, vamos falar sobre o efeito
Elefante. Chamarei Efeito Elefante o poder de controle e submissão ou domínio
que os líderes de um grupo submetido ao condicionamento adquirem. Vamos usar o
exemplo do elefante condicionado a uma prisão. Sabe-se que se um elefante é preso quando
pequeno por uma corrente forte, e durante seu crescimento mantê-lo preso na
mesma forma de prisão, quando for adulto, com a força suficiente para arrebentar
a corrente, ele estará condicionado a não tentar sair, pois estará preso pelo
hábito da prisão. O efeito Elefante é uma realidade no condicionamento de um
homem, que é submetido a algum tipo de prisão. O aprisionamento pode ser muito
mais forte, quando é um aprisionamento da mente. Quando alguém não acredita que
pode se libertar, ela permanecerá presa, e mesmo que tenha a força, a
capacidade, ou a habilidade de sair da prisão que está submetida, ela não
tentará arrebentar a sua corrente, pois o medo é seu maior carcereiro.
O efeito Elefante somente tem
força, quando a pessoa é submetida a um período de aprisionamento. Este efeito
é mais forte, em pessoas que crescem dentro de um tipo de aprisionamento, mas
também é forjado, naqueles que durante um tempo se submetem a algum tipo de
prisão. O mais importante para o efeito Elefante é a presença da corrente, que
mantém a pessoa aprisionada dentro do espaço permitido. As pessoas aprisionadas
têm um espaço limitado, e ir além do espaço que foi determinado pelo domador,
pode ser inicialmente feito uma corrente suficientemente forte para impedir a
fuga, ou o passeio. Mais tarde, a corrente não precisa mais ser tão forte, o
que pode enganar aqueles que chegam para verificar a prisão. Não é mais
necessário nem mesmo colocar correntes, pois o “elefante” está condicionado a
acreditar que existem correntes, e na verdade as correntes estão em sua mente.
Talvez alguns domadores possam utilizar inicialmente de chicotes, e depois
somente o barulho do chicote é o suficiente para impedir o condicionado a
tentar fugir ou tentar mudar a situação.
Muitos perguntam, como pessoas
que estão aprisionadas a um sistema não fogem? E outros perguntam como pessoas
permitiram ficar aprisionadas? O que as pessoas não percebem é que todos nós
estamos de alguma forma presos por algum tipo de corrente. Existem correntes da
cultura, correntes da religião, correntes do medo, correntes da tradição,
correntes da política, correntes da economia, enfim há correntes em todos os
lados. Contudo existe uma forma de ser livre das correntes deste mundo, e mesmo
acorrentado podemos ser livres, quando conhecemos a verdade. Jesus um homem que
jamais foi preso por nenhuma corrente, Ele disse: “E conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará”. Conhecendo a verdade o elefante seria livre de sua
prisão, pois nenhuma das correntes poderia o segurar um animal com tamanha
força. Nós também se conhecêssemos nossa força, ninguém nos prenderia em nenhum
tipo de prisão. Seriamos totalmente livres, não por causa de nossa força, pois
fisicamente é possível construir correntes que nos prendem, mas seriamos livres
porque seriamos conhecedores da verdade, e a verdade não pode ser aprisionada,
pode apenas ser escondida. Entretanto a verdade está viva, e quem busca ao Senhor
que faz a verdade ser verdade, encontrará a força suficiente para sair de seu
espaço de aprisionamento, através da força da verdade.
Ninguém pode aprisionar um homem
que acredita na verdade, no entanto a verdade não é estabelecida pelo homem,
que vive sob a tutela de correntes, ela é estabelecida por alguém que nunca foi
aprisionado, ou seja, por Deus. Deus é a verdade, que nos liberta. Termino esta
série de reflexões, dizendo que um dia descobri que estava preso, então percebi
que poderia sair, contudo também descobri que sair de um espaço pode significar
deixar para trás, tudo que este espaço tem, além de perder outros “elefantes”
que estão ainda presos. Se estes “elefantes” fossem seus amigos e parentes,
isto pode significar que prisões podem ser sua casa, mas nunca serão sua
liberdade. Percebi também que o espaço não é nossa prisão, pois mesmo dentro de
uma cela de grades podemos ser livres. A verdadeira prisão é acreditar que as
correntes deste mundo podem nos prender, sendo que Deus nos fez muito mais
fortes que qualquer corrente que este mundo produza, contudo somente quando
encontramos a verdade, somos verdadeiramente livres. Eu fui preso, sendo livre,
fui acorrentado tendo a força para quebrar as correntes, mas descobri que a
maior corrente que nos prende é o medo, pois o medo traz tormenta, contudo o
amor lança para fora o medo, e quem conhece o amor de Deus, é livre de todo
medo.