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No Processo de
Condicionamento Psicológico encontramos `ferramentas´ que podem ser usadas de forma consciente ou inconsciente, mas são identificadas na prática.
Utilização de
Ferramentas Psicológicas para Condicionar um comportamento de grupo, que é
direcionado por uma liderança. Este condicionamento pode ser consciente ou
inconsciente como dissemos.
O condicionamento
consciente é baseado em estudos e técnicas aplicadas por profissionais, que
orientam ou supervisionam a aplicação das ferramentas. Neste caso existem
grupos que utilizam conscientemente estas ferramentas, e podem ser motivados
por conceitos considerados bons ou maus. Os bons consideram que estão fazendo o
bem para as pessoas, os maus são claramente egoístas, e estão convictos que
estão apenas utilizando das pessoas para alcançar seus objetivos. Aqui
novamente podemos ter objetivos positivos e negativos. Os positivos podem considerar que os “fins justificam os meios”, e neste caso procuram um
resultado positivo para o grupo, mesmo provindo de um processo negativo, o que
nos leva a repensar o que é positivo. Realmente é positivo o resultado, quando
O processo é ruim? No pensamento cristão isto é o mal, não podemos usar pessoas
para produzir resultados positivos. Mesmo que sejam positivos os resultados, o
caminho que foi traçado não é o padrão de Deus. Então não podemos usar o mal
para produzir o bem, pois do mal não vem o bem, somente Deus pode “transformar”
o mal em algo que é bom, pois em sua misericórdia, Ele “conserta” ou “acerta” o
fim. Já os negativos são claramente os resultados somente para os que
utilizaram as ferramentas, e os “usados” ficam sem nenhum ganho. Podemos ter objetivos positivos com um processo positivo, e resultados positivos.
O condicionamento
inconsciente, eu creio, e quero crer, é a maior parte dos que utilizam estas
ferramentas. São usados e usam. Ou seja, utilizam daquilo que já é utilizado
neles de alguma forma por outros, ou por alguma ação espiritual. Nunca podemos
como cristãos esquecer que por traz das ações humanas tem influencias
espirituais, que deveriam ser as provindas de Deus, mas muitas vezes tem como
origem o mal, o diabo e seus seguidores. A não crença no mal como seres
espirituais é também uma forma de ser usado por eles. Eles sejam os imateriais,
ou os materiais que são os “servos” usados, estão empregados de uma consciência
das ferramentas, mas os usados finais podem ser inocentes neste quisito. Como
disse usam, pois são usados, e usam sem saber que estão usando.
A Utilização de
Ferramentas Psicológicas para Condicionar um comportamento, é parte do
condicionamento de um grupo ou de um indivíduo. Estou relacionando algumas
ferramentas que são utilizadas de forma consciente ou de forma inconsciente por
grupos considerados como seitas. Contudo tenho de afirmar que o condicionamento
não é um formato somente de seitas, o que verificamos é que seitas utilizam com
mais freqüência, ou com mais quantidades as ferramentas associadas abaixo
relacionadas. Este condicionamento é um processo inclusive cultural, em quase
todas as sociedades. Existem empresas que utilizam destas ferramentas para
propagar ou para impor seus produtos. É comum a grupos exotéricos a utilização
destas ferramentas. Também é encontrado em sistemas marciais ou de treinamento
militar. A formação de grupos de conduta coletiva é comum e historicamente muito
utilizada. Regimes autoritários utilizam destas ferramentas. Mas como meu
objetivo primordial é alertar a igreja, apoiar a apologética que visa auxiliar
os aprisionados para se libertarem, pois não apoio a apologética que
simplesmente julga, condena e exclui, ou pior, penaliza. Creio que Jesus não
veio para julgar, veio para nos libertar do julgo da pena. Ele mesmo assumiu a
pena para si mesmo, pagando-a no seu próprio corpo. Ele convidou os condenados
a serem livres. Considerando as amplas possibilidades de diferença de opiniões
e de organizações, gostaria de contribuir para a análise, detecção,
reformulação de novos procedimentos não indutivos, e criação de possibilidades
de escolha sem interferência coletiva, mas formação da decisão individual. Nos
meus estudos observei estas “ferramentas psicológicas e sociológicas” em grupos
de Condução Coletiva. Abordarei abaixo estas “ferramentas” considerando a forma
de pensar dos participantes e a produção do condicionamento:
- Controle
de todo meio de ensino – escola, livros, esportes,
filmes, musicas, etc. A utilização dos meios de ensino tem sido uma das
formas mais eficazes de condicionamento de grupos de conduta. A prisão
numa conduta, é a formação desta conduta. A conduta é ensinada e
reproduzida. Os motivos e objetivos da conduta são implantados nos
participantes, que ficam “condicionados” a crer.
- Reformulação
de Conceitos: Sentidos novos as palavras e
conceitos (criação de gírias e novas palavras ou frases conceito). Esta
ferramenta tem sido na verdade a formação de novas culturas. Palavras e
conceitos novos, criam culturas novas. Os grupos de conduta formam
culturas particulares, que normalmente somente são totalmente
compreendidas pelos participantes.
- Isolacionismo
Proibitivo: Impedir contatos com o mundo ou a
igreja. Esta tem sido a ferramenta mais declarativa da formação de um
grupo de Conduta. O isolacionismo é a marca dos grupos de conduta, ou do
condicionamento deste grupo. Quanto mais isolado, mas fácil de controlar. Se
este isolamento é proibitivo, ou seja, proibi a união com outros ou faz
esta união submetida a rígidos padrões de controle do grupo. Algumas vezes
a unidade com outros que não sejam do grupo, são tão controlados, que é
uma unidade fingida e qualquer impacto no controlado.
- Autoridade
Delegada Ditatorial e Controladora: (na maior parte
é afirmado que é delegada por Deus). A Ditadura é uma ferramenta de
controle de massas, e de grupos de conduta. Quanto mais o líder impõe sua
vontade e seu desejo, mais o grupo é conduzido para o único objetivo, o do
líder ou da liderança, que normalmente tem um líder. Contudo este líder precisa
de buscar um apoio em Deus, e neste caso ele busca formas de provar sua
autoridade delegada diretamente de Deus. O líder então precisa de
testemunhos, de eventos, de sonhos, visões, profecias, ou qualquer tipo de
meio formalmente considerado como “espiritual” para firmar sua autoridade.
Quanto mais ditatorial, mais controlador. Quanto mai controlador, mas
autoridade intocável o líder terá.
- Ligação
intensa no Grupo Social: (Com três elementos de
ligação, que são o caminho desta ligação: a conquista, o aprisionamento e a
dependência). A ligação intensa é uma ferramenta que solidifica o grupo de
conduta. Quanto mais intenso a ligação entre o grupo, mas aprisionado ao
grupo, a pessoa estará. Por isto esta ligação precisa de ser ampliada de
uma ligação puramente espiritual ou religiosa, para ligações mais fortes
como casamentos, sociedades em empresas, adoção de filhos, empregos em
empresas do grupo, empréstimo de bens e habitações, pagamento de dividas,
ou formação de dividas, casas para moradia emprestada ou alugada, as vezes
com preços pequenos, para produzir a dependência, caridade com objetivo de
produzir o sentimento de gratidão aprisionado. São muitas as formas de
ligação intensa. Não podemos considerar que a ligação intensa tem em si um
sentimento puro de amor, ele tem no fim o desejo de produzir o
aprisionamento no grupo.
- Afastamento
Salvador: Necessidade de ser afastado do
mundo (familia, amigos) e/ou igreja para purificação. O afastamento
salvador foi uma marca de uma época medieval quando formou os conventos e
monastérios. A idéia da purificação por meio do afastamento, é antiga, mas
também é muito utilizada para o condicionamento coletivo.
- Separação
Transitório ou Sacrificial: Necessidade da
separação do mundo, igreja, familia, amigos, por um período limitado ou
por necessidade de sacrifício para a salvação dos “perdidos”. Estas
promessas em maioria não são concretizada, mas são consideradas
necessárias para o condicionamento, ou para o afastamento de outras
opiniões, que possam fazer o condicionado pensar diferente. Neste caso
criar uma “utopia” é fundamental para forjar uma “utopia fantasiosa” que é
imaginária e prometida. Aqui encontramos muitos deste tipo de
condicionamento falando que “um dia” ou “em algum momento”, tudo mudará e
eles serão mais inclusivos de todos. Isto teoricamente somente poderia
acontecer se a utopia ou os objetivos finais fossem atingidos. Como a
maioria absoluta das vezes ninguém atinge o final, o final sempre é apenas
um alvo, e o caminho para o fim que é inatingível, promove uma separação,
que normalmente para acelerar a chegada ao fim, torna-se mais forte a
separação. É então um ciclo separatista infinito e constante.
- Padrão
Moral condicionado: Uma moralidade interna, que
recria os padrões sobre mentira, violência, ódio e amor, ou o que certo e
errado. Uma moral adequada ao objetivos do grupo. A moralidade não tem
como base a Bíblia, tem como base o que o grupo deseja da Bíblia. Neste
caso a moralidade é reinventada para suprir o desejo de não errar, mesmo
errando. Esta moral então encoberta o que pode ser óbvio para a maioria
das pessoas, e utiliza desta própria realidade, que é de “ser óbvio o erro
para todos” como parte do raciocínio de defesa. Ou seja, “como todos dizem
que é errado, então é certo, pois o mundo não está do lado de Jesus”. Raciocínio
antitético e dualístico.
- Tortura:
(Psicológica ou física) Tolher de desejos do corpo, impor desconforto, ou
sofrimento. A tortura é também um pensamento medieval de penitenciar para
produzir santificação. E neste pensamento a tortura é um meio de produzir
castigo que seria aceitável e até necessário para libertar-se do mal.
- Medo: (formação do medo coletivo,
criação do elemento de destruição – inferno, doença, morte, perda,
incluindo bens e pessoas). Medo é a ferramenta mais forte de todo processo
de condicionamento, e é a ferramenta de elo de ligação. A Bíblia diz que o
amor lança fora o medo, e medo produz tormento. No tormento que o medo
produz os grupos de conduta amarram os participantes. Demonstra que o
verdadeiro amor não está sendo o motivador destes grupos. Mas o medo é
visto em todo processo, e ele é as “correntes” que prendem o controlado.
- Aceitação
do Castigo: criação de formas de castigos,
que são purificativas, e reintrodutórias ao grupo. Além de necessárias para
o cuidado e proteção do grupo. A tortura já é um castigo, mas agora temos
mais uma ferramenta terrível deste processo, é a aceitação deste castigo.
O controlado aceita de bom grado o castigo, a tortura, o medo, a ditadura,
o afastamento e separação. A aceitação é a total subordinação sem
resistência, ou com resistência fraca. Na verdade, o grupo de conduta
produz várias formas de destruir a “rejeição” a qualquer parte do
processo. A não aceitação é colocada em todo processo como rebelião, como
erro, como destrutiva, como blasfematória, como traição, como loucura,
enfim como algo maligno e fora da vontade de Deus.
- Vergonha:
Formação de um sentimento de vergonha que produzirá a necessidade do
castigo, incluindo tortura, e a dificuldade de sair do grupo, porque teme
os grupos de fora e teme a perda. A vergonha então é a ferramenta final,
que embrulha o processo ou que dá ao processo permissão de continuar. A
vergonha nos faz esconder, assim como Adão fez com Deus no Éden. Este
esconder promove mais afastamento e separação, permite mais isolacionismo,
aumenta o medo, permite aceitar tudo, tenta entender os padrões e
conceitos distorcidos do grupo, se submete sem questionar, se tortura e
tortura a outros para tampar sua vergonha, por fim acaba se ligando mais com
os outros que estão dentro do “mesmo barco” para não afundar, ou ser
afundado. A vergonha acusa o outro, e não assume a culpa ou o erro. A
vergonha nos afasta de Deus, e não permite respondermos ao convite de
Deus: Adão onde estás?