O
homem pós moderno quer construir uma “liberdade” sem a redenção, ou a graça de
Deus. Como? Olhando para trás vemos Kant substituindo a graça pela liberdade.
Enquanto os teólogos falavam de natureza e graça, Kant falava de natureza e
liberdade. Com seu racionalismo Kant buscou uma forma lógica de descobrir a
liberdade advinda do estudo dos fenômenos da natureza. Uma forma “cientifica”
de ser livre. A liberdade de Kant e dos renascentistas era uma liberdade
humanista, sem a necessidade de Deus ou de sua redenção. A liberdade adquiriu
um sentido diferente do sentido que Jesus Cristo deu a ela. Jesus disse: “E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Rousseau
foi mais longe e buscou a verdade de forma política, e implantou todo tipo de
conceito que restringe a liberdade. Este conceito atingiu a Revolução Francesa,
a Maçonaria, que transmitiu para os republicanos. Os EUA foram forjados neste
conceito de liberdade, igualdade e fraternidade. A liberdade e a igualdade, que
estaria fundamentando a fraternidade, tem sido buscada sem a presença de Deus.
Como se Deus fosse descartável neste processo de busca da liberdade. Existe
liberdade sem Deus? Ou Igualdade sem Deus? E mesmo Fraternidade sem Deus? É
certo que não, Deus é a fonte da liberdade, da igualdade e da fraternidade, que
nasce da verdade que nos leva a seu Amor Redentor.
A
liberdade pós moderna é uma liberdade individual, egocêntrica, e sem
restrições. Como se o homem pudesse viver sem um Senhor, sem uma lei, sem uma
moral, sem um Deus. Esta busca de uma liberdade que dá o direito ao homem de
fazer o que quiser fazer, sem dar “satisfações” a ninguém, tem formado uma
geração egoísta, sem respeito ao próximo, e sem respeito a Deus. “Porque
preciso de Deus?” – Seria a pergunta de uma geração forjada na “teologia
kantiana voltariana e hegeliana”. “Sou suficiente para mim mesmo”; diria
a geração que busca esta liberdade a qualquer preço. Não seria então a idéia da
felicidade a qualquer preço, a mesma que a liberdade a qualquer preço?
A
liberdade naturalista que diminui o homem a categoria de um animal, e digo
diminui, porque o homem foi colocado superior aos animais, é o próximo passo na
liberdade sem Deus. Posso fazer tudo, pois sou como os animais, diriam os naturalistas,
tenho “desejos” que não podem ser limitados, ou presos. Estes pensamentos
naturalistas permitem o homem reagir não como animais, mas como monstros, pois
os animais são mais morais. Os animais seguem as leis da natureza, que Deus
estabeleceu, e isto os torna livres, é o pecado do homem que os aprisiona. Os
animais não vão contra sua natureza, a não ser que o homem intrometa no
processo natural. E os homens querem viver com uma liberdade que nem é natural
ao próprio homem. Isto produz situações deformadoras no homem, fazendo o homem
querer ser o que Deus não o criou para ser, e então sua vida torna-se não
animalesca, mas destrutiva e anômala. A liberdade tão fortalecida pelos
racionalista e naturalistas retirou Deus, amor e moral, e colocou o “eu” como o
centro da existência humana. Este “eu” que Descartes estabeleceu como a única
prova do real com seu dito: “cogito, ergo sum” (Penso, logo existo); e se
existo não há duvida que eu sou o centro da existência. Este o “eu” que
Voltaire zombaria para poder promover sua liberdade de falar, mesmo que isto
destruísse todo conceito de um Deus amoroso e desejoso de salvar o homem. Este
“eu” que Darwin diria ser meio macaco. Este “eu” que Freud tenta explicar, e
coloca todo desejo do homem em sua sexualidade. Um “eu” tão defeituoso que nem
mesmo sabe como ser livre, no meio de uma liberdade que é propagada como
‘conquistada’.
A
liberdade oferecida pela cosmovisão pós moderna é uma liberdade escrava do
medo, pois o homem sempre teme ser dominado. Na liberdade de Deus, o homem não
teme ser dominado, pois já livremente torna-se servo do Senhor. Uma dominação
livre da tirania que o mundo oferece, uma dominação de amor e verdade. Porque
não ser livre dentro do domínio de Deus? Pois o homem sempre estará sobre um domínio,
mesmo que este domínio seja o seu próprio desejo de ser como Deus, ou seja,
auto suficiente.
Jesus
ofereceu a liberdade através do conhecimento da Verdade, mas Ele também disse
em João 8:45,46 – “Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre
vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?”
A liberdade do homem iniciará quando o homem quiser aceitar a Verdade, que
Jesus ensina. Ele também diz em João 14:6 – “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Então através de um relacionamento
com Jesus, você compreenderá o que é a verdade, andará no caminho certo, e
viverá a vida. Diante de todas as palavras de libertação de Jesus para a
humanidade, Ele que foi Homem como nós, apesar de ser Deus, mas ter se limitado
a nossa forma humana, o homem que quer ser livre tem que buscar a verdade. Mas
isto somente acontecerá “se, pois, o Filho (Jesus) vos libertar”...
(João 8:36); porque a liberdade que provem da libertação de Jesus, é uma
liberdade que “verdadeiramente (sereis) nos faz livres”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário