quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Existe Liberdade sem a Verdade?


O homem pós moderno quer construir uma “liberdade” sem a redenção, ou a graça de Deus. Como? Olhando para trás vemos Kant substituindo a graça pela liberdade. Enquanto os teólogos falavam de natureza e graça, Kant falava de natureza e liberdade. Com seu racionalismo Kant buscou uma forma lógica de descobrir a liberdade advinda do estudo dos fenômenos da natureza. Uma forma “cientifica” de ser livre. A liberdade de Kant e dos renascentistas era uma liberdade humanista, sem a necessidade de Deus ou de sua redenção. A liberdade adquiriu um sentido diferente do sentido que Jesus Cristo deu a ela. Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Rousseau foi mais longe e buscou a verdade de forma política, e implantou todo tipo de conceito que restringe a liberdade. Este conceito atingiu a Revolução Francesa, a Maçonaria, que transmitiu para os republicanos. Os EUA foram forjados neste conceito de liberdade, igualdade e fraternidade. A liberdade e a igualdade, que estaria fundamentando a fraternidade, tem sido buscada sem a presença de Deus. Como se Deus fosse descartável neste processo de busca da liberdade. Existe liberdade sem Deus? Ou Igualdade sem Deus? E mesmo Fraternidade sem Deus? É certo que não, Deus é a fonte da liberdade, da igualdade e da fraternidade, que nasce da verdade que nos leva a seu Amor Redentor.
A liberdade pós moderna é uma liberdade individual, egocêntrica, e sem restrições. Como se o homem pudesse viver sem um Senhor, sem uma lei, sem uma moral, sem um Deus. Esta busca de uma liberdade que dá o direito ao homem de fazer o que quiser fazer, sem dar “satisfações” a ninguém, tem formado uma geração egoísta, sem respeito ao próximo, e sem respeito a Deus. “Porque preciso de Deus?” – Seria a pergunta de uma geração forjada na “teologia kantiana voltariana e hegeliana”. “Sou suficiente para mim mesmo”; diria a geração que busca esta liberdade a qualquer preço. Não seria então a idéia da felicidade a qualquer preço, a mesma que a liberdade a qualquer preço?
A liberdade naturalista que diminui o homem a categoria de um animal, e digo diminui, porque o homem foi colocado superior aos animais, é o próximo passo na liberdade sem Deus. Posso fazer tudo, pois sou como os animais, diriam os naturalistas, tenho “desejos” que não podem ser limitados, ou presos. Estes pensamentos naturalistas permitem o homem reagir não como animais, mas como monstros, pois os animais são mais morais. Os animais seguem as leis da natureza, que Deus estabeleceu, e isto os torna livres, é o pecado do homem que os aprisiona. Os animais não vão contra sua natureza, a não ser que o homem intrometa no processo natural. E os homens querem viver com uma liberdade que nem é natural ao próprio homem. Isto produz situações deformadoras no homem, fazendo o homem querer ser o que Deus não o criou para ser, e então sua vida torna-se não animalesca, mas destrutiva e anômala. A liberdade tão fortalecida pelos racionalista e naturalistas retirou Deus, amor e moral, e colocou o “eu” como o centro da existência humana. Este “eu” que Descartes estabeleceu como a única prova do real com seu dito: “cogito, ergo sum” (Penso, logo existo); e se existo não há duvida que eu sou o centro da existência. Este o “eu” que Voltaire zombaria para poder promover sua liberdade de falar, mesmo que isto destruísse todo conceito de um Deus amoroso e desejoso de salvar o homem. Este “eu” que Darwin diria ser meio macaco. Este “eu” que Freud tenta explicar, e coloca todo desejo do homem em sua sexualidade. Um “eu” tão defeituoso que nem mesmo sabe como ser livre, no meio de uma liberdade que é propagada como ‘conquistada’.
A liberdade oferecida pela cosmovisão pós moderna é uma liberdade escrava do medo, pois o homem sempre teme ser dominado. Na liberdade de Deus, o homem não teme ser dominado, pois já livremente torna-se servo do Senhor. Uma dominação livre da tirania que o mundo oferece, uma dominação de amor e verdade. Porque não ser livre dentro do domínio de Deus? Pois o homem sempre estará sobre um domínio, mesmo que este domínio seja o seu próprio desejo de ser como Deus, ou seja, auto suficiente.
Jesus ofereceu a liberdade através do conhecimento da Verdade, mas Ele também disse em João 8:45,46 – “Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? A liberdade do homem iniciará quando o homem quiser aceitar a Verdade, que Jesus ensina. Ele também diz em João 14:6 – “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Então através de um relacionamento com Jesus, você compreenderá o que é a verdade, andará no caminho certo, e viverá a vida. Diante de todas as palavras de libertação de Jesus para a humanidade, Ele que foi Homem como nós, apesar de ser Deus, mas ter se limitado a nossa forma humana, o homem que quer ser livre tem que buscar a verdade. Mas isto somente acontecerá “se, pois, o Filho (Jesus) vos libertar”... (João 8:36); porque a liberdade que provem da libertação de Jesus, é uma liberdade que “verdadeiramente (sereis) nos faz livres”.

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