quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Filosofia grega?


Quando se estuda filosofia utiliza-se como base o pensamento grego, e ele é para a ciência moderna a fonte da filosofia. A filosofia é na concepção da própria palavra, a busca da verdade ou da sabedoria. Mas foram os gregos que iniciaram a busca da verdade? É claro que não, a verdade e o verdadeiro conhecimento ou sabedoria, sempre a busca maior do homem. Podemos dividir os conceitos como diferentes, e eu arriscaria dizer que conhecimento é o fato, a sabedoria é como utilizar o fato da melhor forma, e a verdade é a causa do fato. Este fato pode ser reconhecido como o “logos”, a essência do conhecimento, a razão da sabedoria, e a expressão da verdade.
Voltando a pergunta deste texto, os gregos pensaram sobre a verdade baseados em seus conceitos religiosos e culturais de vida, ou sua cosmovisão da vida. Quando se fala de Sócrates, Platão, e Aristóteles, a “trindade filosófica” para alguns eles são a deidade da filosofia. É fato que talvez os gregos foram os primeiros que trataram a filosofia como matéria de estudo, mas isto os coloca como a base? Ou os coloca como um degrau elevado de uma busca intensa de milênios de humanidade? Antes deles não houve outros que estudaram a filosofia no sentido de busca da verdade ou do logos? É claro que sim, na verdade muitos homens eram chamados de “sábios”, muito antes da cultura grega se formar. Porque estes não podem ser estudados como a base dos gregos? Porque considerar os gregos o início, sendo talvez eles tenham sido o clímax?
Como cristão, tenho acesso ao conhecimento da sabedoria dos judeus e dos orientais, que antes dos gregos já consideravam a sabedoria tema de estudo e de discussão. Porque a filosofia dos gregos é considerada sem influência religiosa, sendo que os gregos eram politeístas, e sua fé religiosa influenciou sim, tudo que pensavam, e a filosofia dos judeus e mais tarde dos cristãos, é considerada uma parte separada, uma parte influenciada pela religião? Os gregos incluindo a “trindade santificada pela filosofia” pensavam de uma forma, mas a forma deles pensarem não é o fim, é uma parte da caminhada humana. A matéria filosófica deveria considerar os pensamentos humanos, e deixar de relegar a filosofia de grupos religiosos como se fosse um pensamento paralelo. Os gregos também criam na sua religião, e ela influenciou tudo que os chamados filósofos falaram, até aqueles que se diziam ateus, pois esta é a religião deles, não crer num ser superior, crer em si, e no acaso. Ou seja, seu deus é o acaso, o destino, ou o seu próprio eu. Não há homem sem religião, pois a religião é a verdadeira busca ou o fenômeno humano incontestável da busca da verdade. Não considero a filosofia a busca da verdade, acho a filosofia nos moldes modernos, a busca paralela da verdade, numa tentativa insana de separar a religião da filosofia. Os gregos não faziam isto, nem nenhum povo antes. Sempre a religião foi a fonte da filosofia, e hoje os teóricos da filosofia querem separar a fonte da filosofia, o que relega a filosofia a uma busca sem resultado. Encontrar a verdade ou a verdadeira sabedoria para que? Para dizer que encontrou? Ou para utilizar com o propósito de ser feliz? Sem ser hedônico, o homem sempre buscou a sabedoria ou a verdade na sabedoria para encontrar o motivo de sua existência, como diria o inglês: “Ser ou não ser eis a questão”.
A matéria da filosofia deveria estudar os provérbios judeus, e sabedoria cristã, pois é o pensamento que mais influenciou a terra, e o mundo chamado moderno. Nossa sociedade tem mais pensamentos cristãos, que por sua vez são baseados no pensamento judeu, ou bíblico. Porque relegar a Bíblia fonte da sabedoria judaico-cristã como uma parte somente da religião, e não da origem da filosofia? Porque não utilizar Salomão como o maior dos filósofos de todos os tempos? Porque não utilizar os ensinos muito bem organizados do talmude, ou dos livros rabínicos dos judeus? A escola rabínica tem uma base cientifica tão organizada como os gregos. A escola cristã é na verdade parte da busca humana, mas é relegada como “filosofia cristã”, mas a filosofia grega, é chamada de filosofia. Não seria mais honesto dizer que a filosofia dos gregos clássicos era apenas a filosofia grega? Não deveria a ciência chamada de filosofia ensinar em blocos de pensamento? Filosofia Grega, Filosofia Judaica, Filosofia Cristã, Filosofia Chinesa, etc. Porque os teóricos da filosofia escolheram a filosofia grega como a base da filosofia? Talvez porque foram os cristãos como Agostinho que ressuscitaram a filosofia grega? Talvez seja, e historicamente eu diria que esta é a explicação melhor. Contudo sem minimizar o pensamento grego que na verdade foi parte do preparo da humanidade para receber o próprio “logos” encarnado, gostaria de sugerir incluir na matéria filosófica o estudo de pensamentos, deixando as pessoas filosofarem, e não serem induzidas a pensar como os gregos ou os ateus pensam. Quem disse que o ato de Sócrates ao suicidar foi o mais nobre? Quem disse que muitos dos filósofos gregos que aceitavam a pedofilia, além de outros modos de vida condenados pela Bíblia é uma forma de sabedoria? Porque pensar que o modo de vida está separado da sabedoria? Na Bíblia sabedoria é nossa forma de viver de forma certa ou verdadeira. Se nós olhamos para a vida de Jesus, veríamos que ele é o maior filosofo da terra, tanto em dizer como em ser o que ele diz ser. Deveríamos considerar o proceder da pessoa quando estudamos seu pensamento. Dizer uma coisa e viver outra, ou dizer uma coisa e mostrar em sua vida que sua fé é uma mentira ou não produziu nada que fosse útil para sua vida, não é querer saber a verdade, é omitir parte da verdade sobre o pensador.
Não consigo entender como os filósofos tiraram Salomão e Jesus da filosofia, sendo que eles são os maiores filósofos de todos os homens que passaram na terra. Porque Sócrates, Platão e Aristóteles, poderia ser Salomão, Jesus e Paulo, pois estes influenciaram mais o mundo que os gregos. Talvez a filosofia moderna não aceite os pensamentos judaico-cristãos como parte da estrutura fundamental da filosofia, e sim como um adendo, pois a filosofia cristã é mais dogmática. Apesar de ser considerado o dogmatismo uma “heresia” filosófica, a própria definição do que é errado já é um dogmatismo institucional, ou seja, afirmar que não podemos ter convicções sobre uma verdade incontestável e absoluta, já é em si um encarceramento do pensamento, pois cria a indução num pensamento relativista. Somos dogmáticos, mas não “dogmatistas”, que quer dizer, que somos firmes no pensamento cristão, de que a Bíblia é a verdade, mas não nos fechamos no que concerne à revelação da verdade, que pode ser renovada, reencontrada, compreendida, ampliada, entendida, contextualizada, somada, e corrigida ou reconhecido o erro estar aberto para o novo ou aquilo que nunca foi pensado.
Num mundo eclético que busca a unidade num tipo de uniformidade global com um pensamento materialista, individualista e humanista, deveríamos permitir um pensamento menos relativista, mas dogmático, sem ser dogmatista. Quando digo, dogmático, quero dizer convicto de conceitos firmes, como parte da Verdade Absoluta. Considero absoluto a afirmação joanina que o “logos” deixou de ser um conceito para ser uma manifestação clara através de uma pessoa que é Jesus Cristo, o Deus que se encarnou, se tornou homem, para revelar a verdade. Este que é Jesus disse: “Eu sou a Verdade”, ou Ele é a Verdade ou Ele foi a maior mentira da terra. Não há duas interpretações, não foi uma afirmação relativa ou eclética, foi um pensamento absoluto e convicto: “Eu Sou”. Este foi também a forma como Deus se nomeou ao legislador e grande estadista, além de profeta, Moisés: Deus se chamou de “EU SOU” (Yehova ou Jeová). “Eu sou o que sou”, é a Verdade de Deus, e é a Verdade para o Homem. Descobrindo quem Ele é, encontraremos a “Sophia” (sabedoria) de um “logos” vivo, e útil para nosso dia a dia. Num mundo pós moderno que busca sentido prático para tudo, coloquemos a filosofia dentro de um pensamento pós moderno, aberto para retirar o pensamento grego do centro da filosofia. Gosto do trio clássico (Sócrates, Platão, e Aristóteles), mas não os acho os detentores da base filosófica, pois em nenhum momento eles falaram sobre a revelação da Verdade, apesar de falarem boas coisas. E se a filosofia colocasse Jesus como o centro do pensamento filosófico, com certeza teríamos uma revolução filosófica, pois Jesus não diz buscar a verdade, Ele diz ser a própria Verdade. Contudo o homem em seus contextos diferenciados e locais, deveria compreender que sempre Deus é um universo infinito de descobertas. Neste sentido sempre poderemos descobrir e ampliar o conhecimento da Verdade, o amor a Sabedoria, a compreensão da simplicidade do conhecimento. Talvez chegaríamos a compreensão que mais sábio é o que ama, do que o que conhece. Mais sábio é temer a Deus, que temer ser incompreendido pelos homens.  

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quem criou a chamada Partícula de Deus?



“A Partícula de Deus” como tem sido chamada o bóson de higgs analisado por cientistas é mais uma forma de tentar desvincular a existência de Deus da existência do Universo? A forma como o universo foi criado não diminui ou não prova absolutamente nada sobre a existência de Deus. Infelizmente pessoas com um sentimento ateísta e “antiteísta” gostam de usar a grandeza da imagem de Deus para chamar atenção para suas descobertas ou possíveis descobertas. Nomearam a partícula como a partícula de Deus, talvez querendo dizer que foi com ela que Deus iniciou o Universo, ou seria para dizer que a partícula que apareceu do nada num momento de um tempo que não existia, e sem intervenção de ninguém começou o Universo? Sem dúvida é um grande jogo de mídia, pois Deus é o maior e mais conhecido nome de todos os tempos e épocas.
Vamos continuar a pensar na ilógica dos que querem provar a não existência de Deus, ou a não intervenção de Deus na criação. Quem sabe tudo que existe com a perfeição das leis físicas, sob o qual todo o universo está submetido, e a forma como tudo se organizou foi um acidente ou um acaso? Tudo é perfeito por acaso? É tão ridículo e ilógico pensar que tudo aconteceu por acaso, até mesmo a idéia não provada que tudo evoluiu, quando vemos que na natureza as coisas não evoluem, mas se destroem com o tempo. Sim, um vaso ficando bilhões de ano parado não vai virar um animal, vai virar pó. Porque o homem continua tentando lutar contra a verdade que é tão clara e óbvia, de que Deus existe e que tudo que existe veio de um poder maior. Um poder maior que a possível “explosão inicial”. Explosão de poder, mas quem inventou este poder? Quem criou as leis físicas que regem o Universo? Quem fez a partícula chamada de Bóson de Higgs? Quem fez tudo se organizar tão bem organizado? Se os bósons e férmions, com seus quarks, léptons, e portadores de força formam elétrons, nêutrons e prótons, no átomo, me respondam: Quem fez tudo isto funcionar deste jeito? Porque tudo funciona da forma que funciona? Como podemos ter a certeza que o que dizem é verdade?
O homem pode descobrir a forma que o tudo foi criado ou que funciona, mas nunca sairá da realidade que tudo foi criado. As formas são apenas mais uma prova da enormidade do poder, inteligência e sabedoria de Deus. Cada vez que descobrem mais, vêem como o poder de Deus é fabuloso. Enquanto o homem tem que usar máquinas gigantescas como o Grande Colisor de Hádrons (LHC), e observar tudo com super computadores que analisam, separam e dão resultados, Deus fez tudo que existe por meio de sua Palavra. Deus disse e houve.
Fico abismado como cientistas podem não perceber a existência de Deus, depois de descobrem os mistérios, ou melhor, pensarem que descobriram, pois no futuro tudo pode ser descoberto como parte de um sistema muito diferente que tudo que pensávamos, pois para chegar a uma conclusão temos que ter hipóteses que podem ser não verdadeiras. A partícula chamada de Bóson de Higgs, que nem pode ser comprovada, pois em um tempo pequeníssimo desaparece, e somente pode ser vista pelos computadores, se existe e for o inicio de algum tipo de explosão ou de formação de energia, é apenas uma “partícula de Deus”, e não a partícula que forma Deus. Pois Deus é espírito, e não está submetido às leis naturais, Ele fez as leis naturais. Na eternidade não existe tempo e espaço, ou mesmo a velocidade que são noções físicas.
Einstein chamou de “mistério cósmico profundo” aquilo que pode ser chamado de “espiritual”. Qualquer cientista sabe que existe um momento da ciência que temos que aceitar que existem forças e mistérios muito superiores a tudo que podemos imaginar. A própria lógica da existência de Deus é incontestável, pois está em todo ser humano, em todos os tempos, locais, e culturas. O homem isolado no meio do nada pensa que Deus existe. Quem colocou este pensamento no homem? O homem não consegue pensar no nada, ou no que não existe, ele constrói tudo a partir de algo que existe. O homem não cria, ele recria a partir do que foi criado. O homem não é Deus, mas tudo começou a dar errado para o homem quando ele quis determinar o que é certo e o que é errado. E ainda quer determinar o bem e o mal, como se fosse o que criou a sociedade, ele não criou, ele organizou e está organizando, mas tudo que organizou segue os pensamentos que Deus colocou no próprio homem, através a observação lógica das leis que Deus estabeleceu na natureza. Num momento histórico o homem escolheu que fazer o que ele quer, sem considerar o amor e a vontade d’Aquele que era seu amigo e pai, e isto o levou a tentar construir uma sociedade que elimina o peso da culpa. A culpa que sempre estará no homem, à culpa de estar longe da única pessoa que realmente completa sua vida, ou seja, Deus. Culpa que somente pode ser resolvida, com a volta para um relacionamento sincero e real com Deus, pois somente aceitando-o é que o homem consegue ser livre. Mas para ser restituído este relacionamento é necessário se submeter à forma como Ele, o Criador, determinou que o “bóson da fé” explodiria uma nova vida. No caos ou no vazio de uma vida sem vida, a fé de que Jesus Cristo foi o salvador por meio de sua morte e ressurreição e o arrependimento de seu pecado individual, o ‘bóson da fé’ recriará um universo de vida, num homem sem vida, apenas existente.
Se quiser fazer uma parábola, pense nesta: “A partícula enviada do céu acelerou a uma velocidade de amor fabulosa e bateu na outra partícula que vinha no sentido contrário com a velocidade da morte e do pecado, e com este encontro fenomenal, a energia de luz que produziu recriou o inicio de um novo universo para o homem ser recriado, e nascer de novo, ou ser uma nova criatura em Cristo Jesus.”

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Antítese é a forma certa de pensar?



O que é antítese? Simples, “se algo é verdadeiro, o oposto é mentiroso”. Também poderia ser se algo é bom, o oposto é mal. Será que isto é a forma certa de pensar? Aparentemente é muito lógico, mas é Bíblico? A lógica é algo pouco lógico dentro do pensamento de Deus, pois Deus não pensa como nós, seus pensamentos são mais altos que os nossos. Diz a Bíblia: (Isaías 55:9) - “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. No campo da moral, se um determinado preceito é certo, o contrário é errado. Eu diria que a antítese não é a verdade, mas a verdade é que: “tudo que Deus diz ser certo é certo, e tudo que Ele diz ser errado é errado”. Ele é o que determina o certo e o errado, e é Ele que determina o que é bom e o que é mal. Deus não é limitado a nada. Ele não precisa ser limitado a lógica da Antitese, Ele cria o bem e o mal, pois tudo que Ele diz ser o bom é bom, e tudo que Ele diz ser o mal é mal. Ele não precisa seguir uma lógica humana, ou presa a natureza que foi criada por Ele. O que Ele faz, diz e pensa é sempre o correto. A idéia que temos que justificar Deus é uma herança da ditadura do iluminismo ou do racionalismo reinante no mundo. Deus não precisa se explicar, Ele se revela como Ele é, e isto é o suficiente para o homem, que deve apenas se submeter a sua soberania e amor. Tudo que Ele faz é amor, e além disto é tentar explicar que o amor não é amor. Deus é o centro da determinação, além disto é querer “comer da árvore do conhecimento do bem e do mal”, que faz do homem o que determina o certo e o errado, o bem e o mal. Quando o homem determina o certo e o errado, o bem e o mal, o homem se coloca como um deus. Por isto obedecer a Deus é o certo, pois assim estaremos sempre certos. Mas existe somente um problema para nós, o que Deus quer? Entretanto existe esperança, pois Ele sabe que “somos pó”, e Ele nos ajuda “em nossas fraquezas”. 
Então quando algo parecer errado na Bíblia, lembre-se que somente será errado se Deus explicitamente dizer que é errado. Neste mundo pós-moderno podemos aceitar que no absoluto de Deus, na verdade divina, existe um mistério entre o que é certo e o que é errado. Contudo um coração sincero criará um relacionamento com Deus, e este relacionamento pessoal será a "chave" para descobrir por meio da Bíblia o que Deus quer. O que Deus quer estará ligado a seu amor, pois Deus é amor. Ame antes de pensar, e pense  amando, para descobrir no meio de seu erro, como a misericórdia triunfa sobre o juizo.