Pergunta
muito boa de fazer. Mas mesmo quem pergunta já pode estabelecer os “quens” que
considera dignos de acreditar. Quem é digno de se acreditar?
Na
cosmovisão moderna que fui criado, das décadas de 60, 70 e 80, pensávamos que a
ciência era digna de se acreditar. Mas a ciência é digna se acreditar? Não é a
ciência feita por cientistas? Não são os cientistas homens movidos por crenças,
por filosofias, por interesses sociais, políticos ou religiosos? Não existem
provas cientificas forjadas? Quem pode afirmar que o homem foi à lua? Pode ter
ido, mas não pode as imagens da TV serem forjadas, manipuladas, criadas, e
inventadas? Nos dias atuais, com a nova cosmovisão pós moderna que está sendo
forjada pelo globalismo, a ciência já não é tão digna de confiança. A fé começa
a restaurar sua confiança, mas não a fé em Deus, e sim a fé no homem. O
humanismo que foi tão fortalecido no período moderno, está sendo agora
fortalecido pela fé humanista, e não pela lógica humanista. Um pouco de neo pensamento
grego clássico com a tecnologia futurista. Quero dizer a lógica cientifica
misturada com a fé humanista. Talvez o homem esteja chegando ao mesmo período
clássico que poderia ser até o ápice do pensamento humano, o período grego
romano, período inclusive escolhido para a vinda do maior ser humano que passou
na terra, Jesus Cristo. O homem estava pronto para perguntar, e isto era
importante para Deus poder falar, pois Deus é inteligente, e quer pessoas
inteligentes pensando no que Ele diz.
Agora
eu falei de Deus, e isto pode fazer surgir ao leitor a questão da certeza da
existência de Deus. Primeiro quero dizer que não tenho nenhuma duvida da
existência de Deus, e de sua total dignidade. Mas muitos questionam sua
existência e sua dignidade. Alguns poderiam dizer: Mas Deus existe? Ou ainda
mesmo Deus existindo Ele é digno de confiança? Ou ainda Deus quer nos mostrar a
verdade? A primeira pergunta sobre a existência de Deus é refutada pela Bíblia
como uma pergunta de um “tolo” ou um “néscio”, que é “sem entendimento” ou
popularmente dizendo “um burro”. Desculpe a forma de expressar, mas esta é a
forma que a Bíblia trata o ateísmo, como insanidade, soberba e ignorância. Que
Deus existe é provado pela própria existência do Homem, pois não há homem que
viveu em qualquer cultura ou qualquer tempo que não fale d’Ele. A própria Ciência da Religião não consegue inventar uma tese de não existência de Deus, apesar que alguns querem inventar a teologia da morte de Deus, que coisa ilógica, até para os que vivem da lógica. Eu vivo da fé, e minha lógica é subordinada a fé, o que para muitos é errado, mas quem disse que é errado? Por ser tão
ridícula e ilógica esta pergunta e não quero considerá-la, apesar de saber como considera-la para atestar a existência de Deus, para aqueles que realmente querem descobrir a verdade.Como a maioria é apenas pessoas que seguem a onda dos que querem apenas ter alguma coisa para "ir contra", num sentimento de eterna rebeldia, sem maturidade e fidelidade com a verdade, abordo o tema para quem quer de coração aberto. Mas as outras duas são
boas perguntas, não porque as acho com fundamento, mas porque são ótimos
pensamentos para dar oportunidade de buscar a verdade sobre em “quem
acreditar?”.
No
mundo antigo, e no mundo medieval, o homem nunca descartou Deus, somente com o
período moderno e a exaltação da ciência, que Deus começou a ser descartado.
Nem os filósofos gregos foram tão tolos em descartar Deus. A existência de Deus
é tão lógica, como óbvia. Mas quem é este Deus? Ele é digno de confiança, e Ele
se importa conosco a ponto de nos mostrar ou revelar a verdade? Tudo que eu
disser será apenas lógica e pensamento humano, se não me basear no livro que se
intitula a “Palavra de Deus”. Este livro é a Bíblia. A própria criação é menor
para revelar Deus, revela a glória de Deus, como diz a Bíblia, mas não Deus em
sua totalidade. Calvino um grande pensador, disse que “Por isso, onde o mesmo profeta afirma que os céus proclamam a glória de
Deus, que o firmamento anuncia as obras das Suas mãos e que a regular seqüência
dos dias e das noites apregoa a Sua majestade (Sl19:1-2), em seguida faz menção
de Sua Palavra: "A Lei do Senhor" diz ele, "é perfeita e
restaura as almas; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples; os
mandamentos do Senhor são retos e alegram o coração; o preceito do Senhor é
puro e ilumina os olhos" (Sl19:7-8). Ora, ainda que faça referência a
outros usos da Lei, assinala ele, contudo, de modo geral, que Deus ainda que em
vão convide a Si todos os povos, pela contemplação de Suas obras, oferece a
Escritura como a única escola de Seus filhos”. Aqui Calvino nos traz uma afirmação forte sobre Deus: “o testemunho do
Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples”. Podemos com esta pequena frase
saber que Deus é digno ou fiel e que Ele dá testemunho de si mesmo e dá
sabedoria aqueles que reconhecem sua simplicidade diante da oniciencia de
Deus. Deus é digno e quer nos falar a
verdade. Conforme a Bíblia sua maior revelação é em forma humana, Deus se
revelou ao homem, como um homem. Jesus é a revelação de Deus, é a Palavra, ou
como diz no grego, é o “logos”que se fez carne. Jesus é a prova que Deus queria
dizer a verdade para o homem. Se não acreditar em Jesus, então o considere um
louco, pois ou Ele é Deus, ou é um mentiroso, e o maior que passou na terra.
Como sei que Ele é o Deus encarnado, reafirmo que Ele é digno de confiança. Mas
faço isto, porque a Bíblia o diz. Se a Bíblia não fosse a Palavra de Deus,
então Jesus seria também mentiroso, pois Ele e seus apóstolos afirmaram que a
Bíblia é a Palavra de Deus.
Então chegamos a resposta da Pergunta: Em quem acreditar?
Na Bíblia. Ela é a revelação de Deus. O que qualquer homem falar, mesmo que
tenha dito ter ouvido direto de Deus, seja em sonho, visão, pessoalmente, por
audição, de qualquer forma, e o que ele diz não for conforme a revelação da
Bíblia, este homem não é digno de confiança. A Bíblia é a única regra de fé, ou
a única em quem devemos confiar.
Talvez por ser a Bíblia a digna de confiança, pois é
aquela que Deus disse ser nosso manual de vida e revelação, a modificação da
Bíblia, é o maior perigo que o mundo pode ter. Pois sem o “manual”, seriamos
vítimas de oportunistas ou de malignos homens. Critiquemos então a “critica
textual” e não vamos esquecer dos textos retirados, por que alguns ditos
cientistas encontraram textos nas escavações. Não são os pais da Igreja mais
dignos de confiança que homens que vivem quase dois mil anos depois da escrita
original da Bíblia? Não é a igreja que manteve o texto “receptos” como texto
original, uma testemunha digna de confiança? Não seria Deus fiel a sua palavra
para manter durante os dois mil anos os textos bíblicos?
No final de tudo pergunto: Em quem acreditar? Me desculpe
a redundancia, mas afirmo de novo: “Em Deus que escreveu ou revelou a Bíblia,
que se revela através dela e nela.”