segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Efeito Elefante


Terminando esta série de reflexões sobre condicionamento psicológico, vamos falar sobre o efeito Elefante. Chamarei Efeito Elefante o poder de controle e submissão ou domínio que os líderes de um grupo submetido ao condicionamento adquirem. Vamos usar o exemplo do elefante condicionado a uma prisão.  Sabe-se que se um elefante é preso quando pequeno por uma corrente forte, e durante seu crescimento mantê-lo preso na mesma forma de prisão, quando for adulto, com a força suficiente para arrebentar a corrente, ele estará condicionado a não tentar sair, pois estará preso pelo hábito da prisão. O efeito Elefante é uma realidade no condicionamento de um homem, que é submetido a algum tipo de prisão. O aprisionamento pode ser muito mais forte, quando é um aprisionamento da mente. Quando alguém não acredita que pode se libertar, ela permanecerá presa, e mesmo que tenha a força, a capacidade, ou a habilidade de sair da prisão que está submetida, ela não tentará arrebentar a sua corrente, pois o medo é seu maior carcereiro.
O efeito Elefante somente tem força, quando a pessoa é submetida a um período de aprisionamento. Este efeito é mais forte, em pessoas que crescem dentro de um tipo de aprisionamento, mas também é forjado, naqueles que durante um tempo se submetem a algum tipo de prisão. O mais importante para o efeito Elefante é a presença da corrente, que mantém a pessoa aprisionada dentro do espaço permitido. As pessoas aprisionadas têm um espaço limitado, e ir além do espaço que foi determinado pelo domador, pode ser inicialmente feito uma corrente suficientemente forte para impedir a fuga, ou o passeio. Mais tarde, a corrente não precisa mais ser tão forte, o que pode enganar aqueles que chegam para verificar a prisão. Não é mais necessário nem mesmo colocar correntes, pois o “elefante” está condicionado a acreditar que existem correntes, e na verdade as correntes estão em sua mente. Talvez alguns domadores possam utilizar inicialmente de chicotes, e depois somente o barulho do chicote é o suficiente para impedir o condicionado a tentar fugir ou tentar mudar a situação.
Muitos perguntam, como pessoas que estão aprisionadas a um sistema não fogem? E outros perguntam como pessoas permitiram ficar aprisionadas? O que as pessoas não percebem é que todos nós estamos de alguma forma presos por algum tipo de corrente. Existem correntes da cultura, correntes da religião, correntes do medo, correntes da tradição, correntes da política, correntes da economia, enfim há correntes em todos os lados. Contudo existe uma forma de ser livre das correntes deste mundo, e mesmo acorrentado podemos ser livres, quando conhecemos a verdade. Jesus um homem que jamais foi preso por nenhuma corrente, Ele disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Conhecendo a verdade o elefante seria livre de sua prisão, pois nenhuma das correntes poderia o segurar um animal com tamanha força. Nós também se conhecêssemos nossa força, ninguém nos prenderia em nenhum tipo de prisão. Seriamos totalmente livres, não por causa de nossa força, pois fisicamente é possível construir correntes que nos prendem, mas seriamos livres porque seriamos conhecedores da verdade, e a verdade não pode ser aprisionada, pode apenas ser escondida. Entretanto a verdade está viva, e quem busca ao Senhor que faz a verdade ser verdade, encontrará a força suficiente para sair de seu espaço de aprisionamento, através da força da verdade.
Ninguém pode aprisionar um homem que acredita na verdade, no entanto a verdade não é estabelecida pelo homem, que vive sob a tutela de correntes, ela é estabelecida por alguém que nunca foi aprisionado, ou seja, por Deus. Deus é a verdade, que nos liberta. Termino esta série de reflexões, dizendo que um dia descobri que estava preso, então percebi que poderia sair, contudo também descobri que sair de um espaço pode significar deixar para trás, tudo que este espaço tem, além de perder outros “elefantes” que estão ainda presos. Se estes “elefantes” fossem seus amigos e parentes, isto pode significar que prisões podem ser sua casa, mas nunca serão sua liberdade. Percebi também que o espaço não é nossa prisão, pois mesmo dentro de uma cela de grades podemos ser livres. A verdadeira prisão é acreditar que as correntes deste mundo podem nos prender, sendo que Deus nos fez muito mais fortes que qualquer corrente que este mundo produza, contudo somente quando encontramos a verdade, somos verdadeiramente livres. Eu fui preso, sendo livre, fui acorrentado tendo a força para quebrar as correntes, mas descobri que a maior corrente que nos prende é o medo, pois o medo traz tormenta, contudo o amor lança para fora o medo, e quem conhece o amor de Deus, é livre de todo medo. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Condicionamento é um Fenômeno Humano Social


Depois de apresentar o condicionamento psicológico de Grupos de Controle coletivo, que quando tem atuação religiosa são chamados normalmente de “seitas”, mas infelizmente o condicionamento de controle coletivo aparece em muitos grupos, que não são reconhecidos como seitas, como grupos perigosos, muitos são aceitos pela sociedade como até grupos de valor social. Observo que o fenômeno sociológico que chamo de Condicionamento de controle coletivo, que vou abreviar para uma sigla: CCC; aparece em todo grupo que tem lideres ou uma liderança forte e carismática. Se o líder não tem um pensamento de libertação, de respeito à livre expressão de pensamentos, a tendência é esta liderança impor sua forma de pensar, e até sua forma de viver. Existem casos até de imitação da forma de vestir, da forma de falar, da forma de agir, ou melhor, de transformar o líder num tipo de modelo.
Constato que o CCC não está somente nos grupos religiosos, é um fenômeno social, que atua em grupos sociais. Podemos encontrar em grupos políticos, acadêmicos, científicos, filosóficos, econômicos, enfim em qualquer grupo de pessoas que tem objetivos comuns ou crenças comuns. Se observarmos o nazismo, veremos Hitler usando dos mesmos princípios de controle psicológico. Lideres políticos tornam-se ditadores de moral e de cosmovisões. Poderíamos dizer que temos seitas políticas, econômicas, religiosas. O que seria uma seita? Eu diria que são grupos fechados, esotéricos (misteriosos ou com iniciações e rituais secretos) e com crenças perigosas que podem produzir morte, destruição e escravidão.
Num documentário sobre seitas, em que um cientista criou um índice de maldade, um membro de uma das seitas mais perigosas que temos noticias, ele próprio se tornou assassino em nome do grupo para cumprir sua crença, e esta preso em uma penitenciaria, este membro disse: “Quando não podemos pensar fora do esquema, isto é escravidão”.
A grande pergunta é: “Quem não pensa segundo o esquema ou o sistema?” Com certeza, nós conhecemos um que não pensava segundo o sistema do mundo, o seu nome é Jesus Cristo. Quem revoluciona não pensa segundo o sistema, é inovador, é autentico. Os inovadores podem ser confundidos com “revoltados”, com “rebeldes”, com “diferentes”, com “heróis”, com “especiais”. Muitos dos inovadores são amados, outros odiados, mas a maioria deles é perseguida. Ou são perseguidos, ou se tornam os perseguidores. Alguns inovadores tornam-se os formadores de novos sistemas.
Falando sobre seitas cada dia que as estudo, ou estudo a formação de grupos que usam o CCC se tornam desprezíveis ou rejeitados, quando ultrapassam o tolerável que a maioria aceita. Este tolerável na igreja pode ser o isolamento, ou o escândalo, ou ainda praticar crimes contra a lei do país que mora. Alguns se tornam seitas, não porque são hereges, mas sim porque são intolerantes e orgulhosos, considerando-se os “mais fiéis”, os “escolhidos”, “os únicos detentores da verdade”.
Como no céu não haverá opiniões, pois a verdade será a própria vida da existência eterna, espero que todos que realmente “creram e nasceram de novo” estejam unidos vivendo com Deus. Espero que não haja juízo que impeça a salvação. Espero que seja a verdade, que Deus mantém sua adoção apesar de nossa incredulidade, ou que Deus nos salva no meio de nossa imensa divergência de idéias e opiniões. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PROCESSO POSITIVO ou PROCESSO DE RESULTADOS POSITIVOS



No texto anterior refletimos um pouco sobre o que é positivo? Mencionamos que um pouco sobre três aspectos de um processo positivo: Objetivo, meios e o resultado ou o fim. Citamos sobre a filosofia que mais tem sido praticada no mundo hoje, que os “fins justificam os meios”, e esta é uma filosofia sintetizada por Maquiavel, principalmente considerando a estratégia de guerra. Quando falamos no último texto sobre o condicionamento psicológico coletivo e mencionamos sobre objetivos positivos e negativos, citamos que os positivos procuram um resultado positivo. Propomos então em repensar o que é positivo e negativo, pois a forma como a sociedade pensa é sobre os resultados e não todo processo. Neste caso é apenas uma forma de demonstrar resultados, mas não de formar resultados. Devo então reforçar que objetivos positivos e resultados positivos, nem sempre serão um processo positivo. Pessoas pensam em objetivos positivos e em resultados positivos, não pensam nos meios positivos. Para o pensamento cristão todo processo tem que ser positivo, e na verdade, os meios são parte do resultado, pois os meios são a formação do positivo. É muito simples quando pensamos como Jesus pensava, Ele liga o resultado ao propósito daquele processo, e a forma como o resultado é gerado. Até agora estou sendo muito filosófico, e acadêmico, contudo quero ajudar alguns que pensam que o raciocínio é alto demais, mas gostaria agora de falar como Jesus falaria, ou seja, Jesus fala da forma como Ele demonstra sua sabedoria, de forma simples e natural. Veja a natureza e veremos como é o processo positivo de Deus. Jesus disse: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. (Mateus 7:16-20)
Jesus então ensina continuando o texto que mesmo que aparentemente os “frutos” possam aparecer como “frutos bons”, a origem ou o objetivo tem que ser “bom” e o processo têm que ser “bom”. Este “bom” é o positivo que estamos falando. Jesus diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. (Mateus 7:21-23)
Então muitos demonstrarão “frutos” positivos, mas seus “meios” ou sua “origem” são negativos, isto é o que Jesus disse acima. Ele nos chama para repensar o que estamos sendo, e não o que estamos fazendo. Muitos acham que pode-se fazer tudo, para alcançar seus objetivos. Para alguns é o objetivo de ser feliz, e outros é “ganhar almas”, mas será que não estamos pensando como Maquiavel, que os “fins justificam os meios”, quando apenas apresentamos os relatórios finais, e os resultados como prova de nossa fé, de nosso ministério, de nossa metodologia, de nossos eventos, de nossa estrutura organizacional, de nossa forma de quebrar paradigmas? Queremos o “fruto do Espírito” ou queremos os “frutos da aparência religiosa”?